Português and English:
Mestre Shugo Izumi é ceramista desde 1976. Começou seu aprendizado com Toshiyuki Ukeseki, em Cunha-SP. Seu atelier fica em Atibaia, onde também trabalha seu filho Rafael, um grande ceramista por seus próprios méritos e os ajudantes Toninho e Anderson.
Foram 3 visitas a Atibaia para tentar captar o modo único de trabalhar de mestre Izumi. Entrar na cerâmica é pisar em um lugar fora do tempo, cercado de silêncios entrecortados pelo zumbir do torno elétrico, pelo crepitar do forno a lenha e pelo eventual esmerilhar da máquina raspando a cerâmica dura.
Tudo é feito ali, desde a argila, peneirada e decantada diversas vezes do solo de propriedades rurais da região; aos esmaltes, com suas fórmulas secretas em rótulos em japonês, até as ferramentas para entalhar a cerâmica mole. Entrar na Cerâmica Izumi é entrar em um mundo sereno, constante, governado por regras muito simples impostas pela terra há muitos anos. É sair da impermanência em que vivemos. Me senti em estado meditativo enquanto estava lá. Só aquilo, ali, naquela hora existia. É muito leve e prazeroso. Mestre Izumi aperfeiçoou sua técnica a tal ponto que pouquíssimas palavras são trocadas entre ele e sua equipe. Ele me ensinou que a perfeição só pode levar à simplicidade, à eliminação completa de excessos. Obrigado Izumisan.
English:
Master Shugo Izumi has been a ceramist since 1976. He began his apprenticeship with Toshiyuki Ukeseki in Cunha-SP. His studio is located in Atibaia, where his son Rafael also works – a great ceramist in his own right – along with assistants Toninho and Anderson.
There were 3 visits to Atibaia to try to capture Master Izumi's unique way of working. Stepping into the ceramics workshop is like stepping into a place outside of time, surrounded by silences interrupted by the hum of the electric wheel, the crackling of the wood-fired kiln, and the occasional grinding sound of the machine shaving the hard ceramics.
Everything is done there, from the clay – sieved and settled multiple times from the soil of rural properties in the region – to the glazes, with their secret formulas labeled in Japanese, and even the tools for carving the soft ceramics. Stepping into Cerâmica Izumi is entering a serene, constant world governed by simple rules imposed by the earth many years ago. It's a departure from the impermanence in which we live. I felt in a meditative state while I was there. Only that, right there, in that moment existed. It's very light and pleasurable. Master Izumi perfected his technique to such a point that very few words are exchanged between him and his team. He taught me that perfection can only lead to simplicity, the complete elimination of excess. Thank you, Izumisan.